A cidade de São Domingos do Capim, no Pará, abriga um espetáculo da natureza que atrai e desafia turistas de todo o Brasil e até de outros países: a pororoca.Neste cenário, 65 pessoas encararam o fenômeno e destas, 19 ficaram em pé nas pranchas simultaneamente e conquistaram o recorde de Maior número de surfistas na mesma pororoca, registrado em 2015 pelo RankBrasil.
A marca foi estabelecida em 22 de março, no rio Capim, durante a 17ª edição do Surfe na Pororoca. O evento é uma realização da Associação Brasileira de Surf na Pororoca (Abraspo), em parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), e Prefeitura Municipal.O fiscal do RankBrasil, Luciano Cadari acompanhou o desafio e fez o registro oficial com a entrega do troféu de recordista brasileiro. Além de pessoas de diversas partes do país, entre o Pará, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Espírito Santo, participaram surfistas do Peru, Suíça e França. Entre os presentes estava Ricardo Tatuí, que ganhou o primeiro campeonato de Surf na Pororoca, há 17 anos.
“Estabelecer esse recorde é um marco para o surf brasileiro, além de provar a força e organização do esporte no estado do Pará. Representa o reconhecimento de todo um trabalho que vem sendo desenvolvido nas pororocas brasileiras”, destaca o presidente da Abraspo, Noélio Sobrinho. De acordo com ele, o título consolida o município de São Domingos do Capim como a Capital do Surf na Pororoca.A programação do evento também contou com congresso técnico, lançamento do livro ‘Auêra-Auara - A História do Surfe na Pororoca’, projeto da Abraspo, e o Desafio Surf Noturno. Paralelamente aconteceu o 15° Festival da Pororoca, com apresentações de bandas e músicas típicas. Milhares de pessoas participaram dos quatro dias de festa.
De 65 pessoas que encararam a pororoca, 19 ficaram em pé nas pranchas simultaneamente e conquistaram o recorde. Participaram surfistas de vários estados brasileiros e de outros países / Foto: RankBrasil
Pororoca
A pororoca, que significa ‘grande estrondo’ na língua indígena, é produzida pelo encontro das águas do rio com o mar. Trata-se de uma onda que ocorre em épocas de grandes marés oceânicas e avança rio adentro, com forte estrondo e de forma arrasadora.Em São Domingos do Capim, a pororoca resulta da elevação súbita das águas junto à foz do rio Amazonas, provocada pelo encontro das marés ou de correntes contrárias. O espetáculo dura aproximadamente 40 minutos, e depois percorre 30 km por uma hora e meia. Na cidade, o fenômeno que antes era temido ganhou status de atração turística.
Redação: Fátima PiresConfira a galeria de imagens
Algumas citações na mídia:
O Nortão
Terra
O Fluminense
O Xingu
Agência Pará
Diário Online
EBC Rádio
Só esporte
Portal Terra Santa
Revista Digital de Notícias