Paratleta com maior tempo flutuando na água de costas
Roberto Gonçalves, que é paraplégico, conquista recorde junto o RankBrasil ao ficar boiando durante 1h01m14s
Roberto Gonçalves entra para o RankBrasil pelo recorde de Paratleta com maior tempo flutuando na água de costas. Em evento realizado no dia 19 de dezembro de 2015, na cidade de Agudos (SP), ele ficou boiando durante 1h01m14s.O representante do RankBrasil, Luciano Cadari acompanhou o desafio e oficializou o título brasileiro com entrega de troféu. Diversas pessoas estiveram presentes com o objetivo de apoiar o paulista, entre amigos e familiares. Roberto contraiu o vírus da poliomielite aos 11 meses de idade e atualmente, aos 53 anos, tem 100% de movimento apenas no braço direito.
Conforme o paratleta, a ideia de quebrar esse recorde surgiu ao visitar sites de desafios. Apaixonado por esportes, ele viu uma reportagem sobre um idoso que obteve um recorde mundial similar e decidiu rever conceitos e valores, aventurando-se também. “Essa passagem pela internet se tornou um verdadeiro combustível na minha vida”, revela.Para a conquista do recorde brasileiro, Roberto teve como treinador Marcos Bonifácio, o patrocínio da Prefeitura Municipal de Agudos, a qual arcou com todos os gastos, e o apoio da academia Athletic M2, que liberou o professor em todos os momentos necessários.
O paulista é aposentado pela LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social (Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência) e já realizou outras façanhas na água. Segundo ele, foi recordista em Nado de Distância no ano de 1994 e em Mergulho Aquático com 38 metros de profundidade, em 1997.
“Eu posso, eu consigo”
De acordo com o paratleta, entrar para o RankBrasil é a maior divulgação de que “eu posso, eu consigo, alcançando todo e qualquer limite”. Pelo título, ele agradece primeiramente a Deus, por fazer o impossível se tornar possível, e também a sua família, pela benção e apoio.O recordista afirma não existir limite para as coisas. “O limite só se tornar real se a pessoa acrescentar essa regra na sua própria vida. O ser humano tudo pode, basta querer optar por ser ilimitado”, destaca. Ele acredita que seu recorde pode ser um incentivo a outros deficientes. “Isso seria um combustível principalmente ao portador dessa mesma doença”.
Enquanto cidadão, Roberto diz não existir dificuldades em ser paraplégico. “A deficiência não incomoda a mim, mas a quem pensa que um deficiente não pode realizar grandes sonhos”, frisa. “A vida do portador dessa doença é normal. Só deixa de ser normal quando o paraplégico diz não para tudo o que pode ser feito no seu dia a dia e para seus objetivos”, finaliza.
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Algumas citações na mídia:
Prefeitura de Agudos
IOeste