O empresário da cidade de São Paulo (SP), Paulo de Almeida Simões Lavoura, mais conhecido como Zanata, possui a Maior coleção de games portáteis do país, recorde oficializado pelo RankBrasil em 2017. Ele tem 148 diferentes itens, paixão que começou na sua infância.Segundo Zanata, muitos produtos vieram de sua antiga loja de games, mas alguns foram importados através de leilões online. “Também comprei itens de amigos colecionadores, tenho um amigo nos EUA que sempre me envia produtos e ainda ganhei alguns de presente”, conta. “Em 2007 cheguei a ir para Buenos Aires somente para pegar um lote de minigames, porque o vendedor se recusou a enviar para o Brasil”, lembra.
Entre os itens mais raros da coleção, o empresário enumera o SEGA Kid’s Gear, o Game Gear Coca-Cola, o Game Gear Rayearth e o Game Gear White (aparelho feito para desenvolvedores e funcionários da SEGA – produzidas apenas dez mil unidades no mundo).O colecionador menciona que possui a versão americana e francesa do primeiro portátil do mundo, o Microvision, fabricado pela Milton Bradley. “Também tenho o Game Boy Coreano (Comboy), o Mega Duck, fabricado pela Creatronic e os aparelhos PC Engine GT e Turbo Express, ambos da NEC”.
Pelas edições limitadas, Zanata destaca todos os Game Gear da SEGA, o Virtual Boy da Nintendo (aparelho bem curioso e que chama a atenção), a própria linha game boy com suas edições, em especial o Game Boy Classic. “Ainda coleciono minigames da linha Casio, Tomy, entre outras”.De acordo com o paulistano, essa coleção representa um desejo de criança realizado. “Vem na memória algumas momentos da infância. Lembro-me que quando saia com a minha mãe me perdia olhando as vitrines. Cada item teve uma história, meu hobby eterno”, comenta.
Zanata diz que o recorde junto ao RankBrasil é o reconhecimento de muita dedicação. “Claro que eu não fiz sozinho, meus amigos que me toleraram quando queria um game deles, minha esposa que se estressava quando descobria o preço e o motivo pelo qual um game é considerado raro, e minha mãe que foi a responsável pelo pontapé inicial”, enfatiza. “Posso dizer que me sinto realizado, mas não para por aí: a fome por videogames continua”, afirma.Alguns itens da coleção ficam no Urban Frames. O estúdio conta com vitrines para exposição, molduraria, lounge com poltronas, arcade e é todo decorado com quadros e acessórios a partir da temática gamer / Foto: Arquivo Recordista
Apaixonado por games
De acordo com o recordista, a paixão pelos games começou por volta dos dez anos de idade. Ele conta que na infância, ao lado de sua casa tinha uma loja de produtos importados e ficou fascinado quando viu alguns minigames e relógios com joguinhos. “Passei a visitar o local com frequência e incomodei tanto minha mãe até ela comprar um destes minigames”, conta.Em 1991, já trabalhando, o paulistano começou a procurar e comprar os minigames. No final de 1993 abriu uma locadora de games com seu irmão, comprou um Gameboy e ficou com este item durante muitos anos. “De vez em quando aparecia alguma coisa na loja que me interessava. Não pensava em colecionar, apenas em ter os aparelhos que gostava na época”.
Na locadora, eles alugavam e vendiam tanto o cartucho como o console, e ofereciam o Play Game – um salão de jogos. O recordista também foi dono de Fliperama e de Lan House. No ano de 2003 recebeu convite para participar de um grupo de colecionadores de videogames, o Canal 3. “Foi quando a paixão pelos games aumentou, porque tive acesso a produtos nunca vistos antes”, revela.Pela importância dos itens que adquiriu nesses anos, a coleção fica estrategicamente espalhada em sua casa: uma parte em estantes, outras em caixas e alguns portáteis e muitos minigames e acessórios em um estúdio – um espaço compartilhado de cem metros quadrados que se chama Urban Frames e oferece vitrines para exposição, uma molduraria, um lounge com poltronas e um arcade. “O local é todo decorado com quadros e acessórios a partir da temática gamer”, finaliza.
Algumas citações na mídia:
News Rondônia
Jornal Via Mão