Dalton Trevisan vence o Camões, maior prêmio da literatura portuguesa
Paranaense é o 10° brasileiro a ganhar a principal premiação a um autor da língua, pelo conjunto de sua obra
O escritor Dalton Trevisan venceu o Camões, considerado o maior prêmio da literatura portuguesa.
Vencedores do Camõesano | autor | país |
1989 | Miguel Torga | Portugal |
1990 | João Cabral de Melo Neto | Brasil |
1991 | José Craveirinha | Moçambique |
1992 | Vergílio Ferreira | Portugal |
1993 | Rachel de Queiroz | Brasil |
1994 | Jorge Amado | Brasil |
1995 | José Saramago | Portugal |
1996 | Eduardo Lourenço | Portugal |
1997 | Pepetela | Angola |
1998 | Antonio Candido | Brasil |
1999 | Sophia de Mello Breyner Andresen | Portugal |
2000 | Autran Dourado | Brasil |
2001 | Eugénio de Andrade | Portugal |
2002 | Maria Velho da Costa | Portugal |
2003 | Rubem Fonseca | Brasil |
2004 | Agustina Bessa Luís | Portugal |
2005 | Lygia Fagundes Telles | Brasil |
2006 | José Luandino Vieira | Angola |
2007 | António Lobo Antunes | Portugal |
2008 | João Ubaldo Ribeiro | Brasil |
2009 | Armênio Vieira | Cabo Verde |
2010 | Ferreira Gullar | Brasil |
2011 | Manuel António Pina | Portugal |
2012 | Dalton Trevisan | Brasil |
Ele é o 10° brasileiro a ganhar a principal premiação a um autor da língua portuguesa, pelo conjunto de sua obra. O anúncio da 24ª edição foi feito ontem (21), em Lisboa, com escolha unânime.
Danton Trevisan nasceu na capital paranaense, em 1925 e é considerado um dos melhores contistas da literatura brasileira do século XX. Autor de mais de 40 obras, alcançou fama com o livro ‘O vampiro de Curitiba’, lançado em 1965.Entre outros prêmios, o escritor obteve quatro vezes o Jabuti, com ‘Novelas nada Exemplares’, em 1960; ‘Cemitério de Elefantes, em 1965; ‘Ah, É?’, em 1995; e ‘Desgracida’, em 2011. Também compartilhou o prêmio Portugal Telecom em 2001, juntamente com Bernardo Carvalho, com ‘Pico na Veia’.
Camões
Criado em 1988, por Brasil e Portugal, o Prêmio Camões, no valor de cem mil euros, tem por objetivo premiar um escritor cuja obra contribua com a projeção e o reconhecimento da língua portuguesa, falada por mais de 230 milhões de pessoas no mundo.
Redação: Fátima Pires