Com o mesmo trabalho, agora o escritor obteve a marca de Romance com maior número de personagens. São 1.563 pessoas reais, via de regra descritas através de seus apelidos. Em alguns casos comprometedores, o autor optou pela não identificação dos indivíduos.

Marcelo decidiu trazer o funkeiro para contar sua própria história, valorizando o processo de linguagem destas pessoas. “Os personagens foram aparecendo de acordo com os vocabulários e expressões populares de diferentes décadas, como rapaziada, o pessoal da rua ou do bairro, a turma, a patota, a falange, a massa (dando origem à massa funkeira), a cabeçada, a gangue, o mulão, a galera e o bonde”.

Segundo ele, a obra resgata e materializa parte da rica memória repassada pelos funkeiros há gerações. “São histórias impressionantes, envolvendo muitas aventuras e paixões, embaladas pela poesia deste ritmo que atravessa criativamente quatro décadas”.

“Ser recordista já é algo ousado, mas ser recordista no campo da literatura é mais difícil pela necessidade da relação entre conhecimento e pesquisa. Conquistar quatro recordes com o mesmo livro, o qual traz um assunto tão polêmico, é muito gratificante, emocionante demais”, destaca.

Redação: Fátima Pires