A Parada Ferretti, localizada em Barra Velha (SC), entra para o RankBrasil em 2015 pelo recorde de Maior árvore suspensa do Brasil. O pendural tem 21 metros de altura, 1,45 metro de diâmetro, aproximadamente 20,5 toneladas e volume estimado do tronco de 27,5 metros cúbicos.
O Eucalipto-Saligna (Eucalyptus saligna Smith) é o centro de sustentação dos pilares do salão principal do estabelecimento. A espécie originária da Austrália foi encontrada próxima à região onde houve a construção da Parada, mesmo assim, por seu tamanho gigantesco teve bastante complicação no transporte.
De acordo com o idealizador do local, Oilton Ferretti, o pendural é uma solução comum da engenharia para ganhar espaço e o verdadeiro ineditismo está relacionado à distribuição das raízes em 360 graus. “Geralmente as raízes do eucalipto se aglomeram pela busca por nutrientes. Nesse caso, as raízes foram para todos os lados. Isso me encantou”, lembra.Para o empresário, são exatamente as raízes da peça suspensa que causam impacto e atraem tantos visitantes. “A oportunidade de olhar uma árvore por baixo é o grande diferencial e é uma experiência inédita para a maioria das pessoas”.
Outro aspecto incomum, segundo Ferretti, é que a espécie geralmente brota no caule e neste caso tem outro eucalipto menor nascido a partir da parte inferior. “Além disso as raízes se fundiram umas nas outras, situação também raríssima”.O aproveitamento de árvores está por toda parte: desde a estrutura de sustentação do local, passando por floreiras externas, até a decoração nos banheiros. Destacam-se a capela cristã ecumênica, a sala do eucalipto, os bancos de vários formatos e o mirante com visão para o mar construído sobre o tronco de eucalipto.
De acordo com Ferretti, essa diversidade de atrações é o que garante mais de 40 mil visitantes por mês. O empresário ainda comenta sobre a forma diferenciada de operação da Parada, por todos os espaços terem sido alugados. “Isso permitiu uma geração de 80 a 100 empregos”, revela. Quem tiver curiosidade, o estabelecimento fica na BR-101, no Km 91,5, em Itajubá, Barra Velha.Segundo ele, durante a duplicação da BR-101 muitas árvores – a maioria eucalipto – seriam derrubadas e descartadas pelo baixo valor de mercado. “Foi então que surgiu a ideia de fazer algo simples e inédito, mas barato, aproveitando esta matéria-prima.
A partir de 1996, o empresário começou a armazenar o material até ter o suficiente para iniciar a obra. “Ganhei grande parte dos troncos. Muitos estavam próximos a residências ou a fios elétricos, dificultando a extração”, diz.
Redação: Fátima Pires