Angelo Spricigo, de 99 anos, entra para o RankBrasil em 2014 com a Maior coleção de máquinas de costura do país. Localizado em Concórdia (SC), o acervo é um museu que possui 1.080 unidades.
Em 1997, após o falecimento da esposa, enquanto Angelo guardava as coisas da companheira com carinho, consertou duas máquinas que a pertenciam. Depois disso, pegou gosto pela atividade e naquele ano, mesmo ainda sem saber, começava a coleção que seria um museu.
Ele começou a comprar máquinas e receber equipamentos de amigos. No entanto, nunca vendeu nenhuma delas e realizava apenas consertos na coleção. O recordista fez do museu uma forma de preencher o vazio que sentia com a falta da mulher.Para doar uma máquina, basta entrar em contato que eles pagam o frete, mas é importante que junto com o equipamento seja enviada uma foto e um texto contando a história do antigo dono. Desta forma, é possível preservar a memória das pessoas.
Os fiscais do RankBrasil estiveram em Concórdia no dia 25 de abril e realizaram a contagem e conferência das unidades. Para Angelo, o recorde nacional é uma felicidade. “É uma honra, pra mim é uma satisfação muito grande”.De acordo com Valdecir Giotto, gestor do museu e neto do recordista, os familiares preservam o museu com carinho porque é a história de Angelo. “Ele é uma referência da família, pela pessoa humilde que é, por toda sua história de vida e também por ser um homem muito religioso”.
Quando a família Spricigo mudou-se para o distrito de Nova Veneza, no município de Criciúma (SC), conheceu e se apaixonou por Maria de Oliveira, que lecionava para crianças na cidade. Apaixonado, o casal se casou em 1935.
Angelo que era agricultor até então, abriu uma sapataria e adotou a profissão de sapateiro. Em 1936, o lar recebeu a alegria do primeiro filho. Tiveram nove ao todo: Leonides, Eni, Ilsa, Antônio, José, Evaldo, Aldo, Paulo e Renato. O casal ainda teve 19 netos e 10 bisnetos.Em 1951, ele começou a se interessar por construção civil e trabalhar como pedreiro. Tornou-se mestre de obras e construiu vários edifícios. Angelo contava com a ajuda de operários, mas também era carpinteiro, armador de ferragens e pedreiro quando era preciso.
Aposentou-se em 1972 quando teve problemas sérios de visão. Impossibilitado de trabalhar por orientações médicas, comprou um violão e costumava encontrar os amigos na praça Dogelo Goss. O recordista também toca violino, teclado e órgão.
Com o passar dos anos, sentiu-se melhor e pôde voltar a trabalhar na conservação dos imóveis. Angelo sempre foi muito preocupado com a família e voltado ao crescimento da região em que vive.Na terceira idade, criou o Clube dos Veteranos com cerca de 20 idosos. Sempre foi envolvido com a sociedade. Angelo e Maria, católicos praticantes, frequentavam as cerimônias da igreja todos os domingos.
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