Primeiro pianista a tocar dentro de um globo da Morte

Artista une música e adrenalina ao tocar piano em pé enquanto motos giram ao seu redor, em uma performance inédita no tradicional Globo da Morte.

25/03/2025
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Primeiro pianista a tocar dentro de um globo da Morte
Arquivo Recordista: Paulo Rodrigo toca piano em pé no centro do Globo da Morte, enquanto motociclistas realizam manobras radicais ao seu redor, em uma performance histórica no Circo Celestia.
Paulo Rodrigo Pinto Barros escreveu seu nome na história da arte e da superação ao protagonizar a primeira apresentação de piano dentro de um Globo da Morte, conquistando oficialmente o título inédito pelo RankBrasil. A façanha aconteceu em 11 de março de 2025, no Circo Celestia, na cidade de Fortaleza (CE), diante de um público emocionado que testemunhou a união entre música e adrenalina em sua forma mais extrema.
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Com apenas quatro metros de diâmetro, o Globo da Morte é um dos maiores símbolos do circo tradicional e exige precisão total dos motociclistas que cruzam seu interior em alta velocidade. No centro dessa arena de aço e tensão, estava Paulo, de pé e imóvel, tocando piano enquanto motos giravam ao seu redor, a poucos centímetros de distância.

A ideia, segundo o artista, nasceu do desejo constante de levar a música para lugares inesperados. O objetivo era contrastar a suavidade e emoção do piano com a intensidade e o caos do ambiente circense. “A música pode existir em qualquer ambiente, até mesmo no meio da velocidade extrema”, afirma.

A relação de Paulo com o circo não começou ali. Ele já havia participado de um número com passista em outra ocasião e se encantou com a magia desse universo. A experiência despertou o desejo de homenagear os artistas circenses por meio daquilo que sabe fazer melhor: tocar e emocionar. O resultado foi uma apresentação de tirar o fôlego, tanto para o público quanto para os próprios globistas.

Para que tudo acontecesse com segurança, foi necessário um processo rigoroso de adaptação. O piano precisou ser fixado com precisão milimétrica no centro do globo, garantindo estabilidade sem comprometer a trajetória das motos. A equipe do circo, junto com engenheiros especializados, colaborou ativamente na montagem da estrutura. O desafio era tanto técnico quanto emocional: o ruído ensurdecedor, as vibrações constantes e a força centrífuga exigiram do artista um nível de concentração absoluto.

Durante os ensaios, cada movimento foi cuidadosamente planejado. Os motociclistas e Paulo trabalharam juntos para sincronizar ações com perfeição. Era uma verdadeira coreografia entre o som e a velocidade, onde qualquer erro poderia ter consequências graves. A confiança entre os envolvidos foi fundamental.

Nos três minutos de apresentação oficial, o clima era de pura tensão e emoção. Em um momento crítico, o globo foi parcialmente aberto, e os motociclistas continuaram suas manobras apenas na parte superior da estrutura, elevando ainda mais o nível de dificuldade. Paulo, no centro de tudo, permaneceu sereno, tocando uma composição autoral especialmente criada para aquele momento: Globo da Morte. A música foi uma homenagem aos artistas circenses que dedicam suas vidas a entreter o público com coragem e paixão.

Ao final do número, lágrimas e aplausos tomaram conta do picadeiro. A equipe do circo, acostumada com desafios diários, ficou impressionada com a ousadia e a beleza do espetáculo. Para Paulo, essa foi uma das experiências mais extremas e transformadoras de sua carreira, que já inclui apresentações em cenários inusitados como debaixo d’água e até mesmo em balões. “Esse desafio elevou minha carreira a um novo patamar”, declarou.

O artista, que vem se destacando por unir música e aventura, já planeja novos desafios ainda mais ousados, explorando limites nunca antes imaginados. Com essa conquista, Paulo Rodrigo Pinto Barros não apenas estabeleceu um novo recorde brasileiro, como também provou que a arte pode existir em qualquer lugar — até mesmo no coração de um Globo da Morte.