Objeto feito com maior quantidade de palitos de fósforo reciclados

Artista plástico Edy Paiva entra para o RankBrasil apresentando um painel medindo 1 m x 1 m

17/01/2004
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Objeto feito com maior quantidade de palitos de fósforo reciclados
Edy Paiva utiliza palitos de fósforo reciclados para montar suas obras / Foto: Acervo RankBrasil
Em 2001, Edy Paiva, artista plástico de Vitória da Conquista (BA), começou a montar obras em palitos de fósforo. Desde então não parou mais de desenvolver este trabalho.

O que o incentivou foi uma obra feita de talas de madeira de forma espiral, em uma visita à Bienal de São Paulo. Alguns trabalhos também são inspirados em construções e prédios.

No início, sua primeira experiência foi com palitos de picolé. Ele fez duas torres em forma espiral. A partir daí, teve a ideia de fazer com palitos de fósforo, reaproveitando os palitos queimados, dando um outro destino a um material que iria para o lixo.

Cada obra leva de três a sete meses para ficar pronta. Um de seus painéis, com as medidas de 1 m x 1 m, demorou quase um ano para ser concluído. Neste trabalho, foram utilizados 14.723 palitos. Suas obras são de variados tamanhos e formas, que vão de 20 cm de altura até 1 m. Juntando todos os trabalhos, já foram utilizados 56 mil palitos. Em sua menor obra, o recordista utilizou 1,8 mil palitos.

Edy Paiva adquire os palitos com a ajuda de amigos e parentes. "Depois de uma entrevista que fiz na TV, solicitando mais fósforos, muitas pessoas têm me ajudado, entregando-me os palitos queimados", diz.

Para a montagem das obras, ele utiliza os palitos, cola de madeira e uma base de madeira como suporte, além de material elétrico para os trabalhos com luminárias. Antes da montagem, o recordista faz um esboço no papel, coloca os palitos e depois retira o papel. No início, usava somente os palitos, depois foi juntando caixas e também fez uma obra com elas.

Seus trabalhos ainda não foram comercializados. A intenção do recordista é vender o conjunto completo dos trabalhos e não peças separadas. Por enquanto, quem quiser prestigiar as obras basta visitar uma das salas da Sub Delegacia do Ministério do Trabalho de Conquista (Sub-DRT). Os trabalhos vão estar em exposição permanente neste local.


Redação: Aline F. Cardoso
Revisão: Fátima Pires